Da Reuters O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está fazendo o possível para manter o PMDB em sua órbita e apaziguar os ânimos do principal partido da coalizão.
O apoio da legenda é considerado estratégico para a pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à sucessão presidencial.
Quatro dias depois de ter se reunido com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), Lula chamou a cúpula peemedebista para uma nova conversa nesta segunda-feira, informou a assessoria de Temer.
No encontro da semana passada, Lula fez questão de dizer aos aliados que nada mudou nos planos de ter Dilma como nome à sua sucessão.
Braço direito do presidente, ela anunciou o tratamento de um câncer no sistema linfático, abrindo margem para dúvidas sobre o arco de aliança possível para disputar a eleição nacional em 2010.
Depois do anúncio da doença, o PMDB especula sobre decidir pelo apoio à petista ou o governador José Serra (PSDB), já ligado a setores da legenda.
Além de querer frear uma possível debandada do PMDB, o governo tenta evitar que problemas pontuais azedem a relação com seu parceiro preferencial.
As bancadas do Congresso vêm reclamando de demissões de alguns de seus apadrinhados nas esferas do Executivo, em especial da Infraero, estatal que administra os aeroportos.
Também há o desejo, já informado ao presidente da República, de ter mais influência sobre as decisões políticas tomadas pelo núcleo do Executivo.