Da Agência Estado O Itaú Unibanco registrou lucro líquido de R$ 2,015 bilhões no 1º trimestre deste ano, com queda de 27,66% ante os R$ 2,784 bilhões apurados em igual intervalo de 2008 - considerando a soma dos resultados das instituições no período, já que a fusão só aconteceu no final do ano passado.
Os ativos totais do Itaú Unibanco atingiram R$ 618,943 bilhões ao final de março de 2009, ante R$ 484,628 bilhões verificados em 31 de março de 2008.
A carteira de crédito do banco, incluindo avais e fianças, somava R$ 272,7 bilhões ao final do primeiro trimestre, com crescimento de 25,1% quando comparada à carteira em 31 de março de 2008 e de apenas 0,3% quando comparada ao registrado em 31 de dezembro.
A elevação foi puxada pelo crédito a pessoa física, que apresentou elevação tanto na comparação com o quarto trimestre quanto com o primeiro trimestre do ano passado.
O total de empréstimos a esse público chegou a R$ 94,474 bilhões, alta de 1,4% em relação a março e de 18,6% na comparação com igual período do ano passado.
O destaque nesse segmento ficou com a carteira de financiamento de veículos, que chegou ao final de março a R$ 48,765 bilhões, valor 1,9% superior ao registrado em dezembro e 25,1% acima do estoque de empréstimos de março de 2008.
Já as operações de crédito para as grandes empresas, segmento com maior representatividade na carteira total do Itaú Unibanco, totalizaram no primeiro trimestre do ano R$ 101,319 bilhões, indicando recuo de 1,5% em relação ao estoque de empréstimos de dezembro e um crescimento de 24,3% em 12 meses.
As operações do Itaú Unibanco na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai totalizaram R$ 13,511 bilhões, um crescimento de 0,8% em relação a dezembro e de 20,4% na comparação com março do ano passado.
Inadimplência O crescimento da carteira de crédito do banco veio acompanhado por uma elevação da taxa de inadimplência, que passou dos 4,8% registrados tanto no primeiro como no último trimestre de 2008 para 5,6% no primeiro trimestre deste ano.
Esse é o porcentual da carteira de crédito que está com atrasos superiores a 60 dias.
A instituição financeira atribuiu essa piora à desaceleração da atividade econômica iniciada no quarto trimestre.
Entre as pessoas jurídicas, a taxa de inadimplência chegou a 2,5%, ante 1,7% no quarto trimestre do ano passado e 1,5% entre janeiro e março de 2008.
Segundo a instituição, a piora na qualidade do risco das operações foi maior para micro, pequenas e médias empresas.
Já para as pessoas físicas a deterioração foi ainda maior.
A taxa de inadimplência chegou a 9,8%.
Em dezembro era de 8,1% e em março do ano passado era de 8,3% da carteira de crédito desse segmento.
Na segunda-feira, o Bradesco divulgou lucro líquido de R$ 1,723 bilhão no primeiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 9,6% em relação ao lucro líquido ajustado de R$ 1,907 bilhão do mesmo período de 2008.