Deu no Estadão Quando um banco faz um empréstimo, tem por norma cobrar juros maiores que os que paga ao captar dinheiro.

Nos últimos 12 anos, o governo federal tem agido de forma inversa em relação aos Estados: empresta a juros inferiores aos que paga ao mercado.

Enquanto os bancos faturam com altos spreads, o governo arca com subsídios - que, desde 1997, já somam R$ 184,5 bilhões, concedidos a 24 Estados e ao Distrito Federal.

Esse subsídio ocorre sempre que a taxa Selic, que corrige o que a União deve a bancos e investidores, fica maior que o índice de correção das dívidas que a mesma União tem a receber dos governos estaduais.

Para se ter uma ideia de dimensões, o subsídio acumulado - calculado pelo Tesouro Nacional a pedido do Estado - supera os orçamentos anuais somados de São Paulo e do Rio de Janeiro, os dois Estados mais ricos do País.

Equivale a 4,5 vezes o orçamento do Ministério da Educação.

Se convertido em dólares, é cinco vezes maior que o valor do socorro concedido pelo governo norte-americano à gigante General Motors.

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