Reunidos em hotel de Palmares neste momento, cerca de 300 fornecedores de cana de açúcar do Estado seguirão em caminhada para ocupar o escritório da Usina Pumaty, no mesmo município.

A “técnica de sem-terra” está sendo usada para chamar atenção do Governo Federal ao débito de R$ 16 milhões na conta da categoria em todo o Estado.

Quem organiza a manifestação é a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape).

De acordo com o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima, o protesto deverá ser pacífico.

A decisão de invadir a usina foi tomada em assembleia nesta manhã, depois de encontros com usineiros que não mostraram disposição em negociar. “Eles venderam a matéria-prima final e não pagaram aos fornecedores, nós temos que tomar alguma atitude.

O Ministério Público demoraria demais para resolver o caso, deve ser tratado com urgência”, disse.

Ainda de acordo com Andrade Lima, fornecedores de cana disseram ter sofrido ameaças de morte. “Ouvimos relato de gente que chegou com facão na casa de fornecedor, cobrando o pagamento do salário.

Se não tem dinheiro nem para fazer a feira, como pode pagar o trabalhador?”, denunciou.

Andrade Lima revela que são oito usinas do Estado em débito com fornecedores.

Os usineiros justificam que enfrentam dificuldades financeiras por conta da crise, segundo relato do presidente da AFCP.