Vejam agora, com exclusividade, no blog trechos bombásticos da Decisão do TRT: Às fls. 1171/1178 consta o depoimento da advogada Fernanda Campos Casado Lima, nos autos daquele inquérito, textual: “(…) que pertence ao quadro dos servidores do Jaboatão dos Guararapes, mediante função comissionada, tendo iniciado a sua carreira, na gestão de Newton Carneiro, pela Secretaria de Educação Municipal, em junho de 2005, diante da qual assumiu a função de assessora jurídica (…); (…) que recebeu um telefonema, através do celular, por meio do qual a Sra Fátima Paturi, cunhada da Sra Julieta Pontes, Presidenta da Fundação Yapoatan, dizendo-lhe que fosse correndo até a sede da fundação já que a atual deputada Elina Carneiro gostaria de falar com ela; que diante da ordem de comparecimento, dirigiu-se imediatamente à fundação, onde ali chegando, disseram-lhe que deveria ir até a sala da Dra Julieta, pois Elina a aguardava (…); que retornando ao assunto, ingressou na referida sala, onde encontrou Elina Carneiro, uma pessoa de nome Solange Carneiro (que não conhecia) e a Sra Maria Tenório, que se dizia advogada de Solange, mas também não lhe era conhecida; que nesse momento, trataram do assunto referente ao processo de 1999, mencionando que não estava julgado o mérito da questão, relativo à indenização correspondente às perdas e danos; que a declarante questionou, naquele instante, sobre a prescrição, mas que não tinha certeza de sua incidência, visto que o processo antigo estava arquivado; que a declarante, sabendo do arquivamento, por consultar todos os processos relativos à Fundação Yapoatan, viu não ter certeza se estaria prescrito ou não, razão por que Elina disse que a irmã teria direito a receber aquela indenização, vez que a mesma, como poderiam constatar, era deficiente da mão e aposentada por invalidez, passando a própria Elina a sugerir à declarante, enquanto assessora jurídica da Fundação Yapoatan, a não apresentação da contestação ao novo pedido formulado perante a Justiça do Trabalho (…); que, no entanto, afirmou que tem o costume de contestar todas as reclamações trabalhistas que são propostas contra a Fundação Yapoatan (…) que o pedido expresso para não contestar veio de Elina Carneiro e da advogada da Sra Solange (…); que a parte jurídica foi toda ‘explicitada’ pela advogada Maria Tenório (…); que complementa que quando começaram a falar em acordo, a declarante mencionou que ‘tudo aquilo deveria ser tratado com a diretora financeira da fundação yapoatan’ a Dra Sizenalda de Souza Timóteo; que procedeu ao chamamento desta, dirigiram-se até a sala do Dr.

Alexandre e ali as deixou tratando de valores, em parcelamento e a referida Sra Sizenalda ligou para Dra Mariza Carneiro e disse que a mesma tinha autorizado que o pagamento se desse em 10 (dez) vezes (…); que diante da controvérsia quanto ao número de parcelas e valor, a Dra Sizenalda disse que só faria o acordo com a concordância da Dra Mariza, foi quando saíram as três da sala, sob o fundamento de contactarem com esta e voltaram em seguida, afirmando que tudo estaria certo (…); que tudo era resolvido pelas Sras.

Sizenalda e Mariza Carneiro; que então a declarante, Sra Sizenalda, Elina, Solange e sua advogada foram até a sala do Dr Alexandre Gomes, que é assessor de gabinete da presidente; que então após contatos telefônicos com a Dra Mariza Carneiro, e a reclamante não se ter comprometido a nada, adentrou na sala a Dra Julieta Pontes que conduziu todos para a sala dela e ali se falou que iria haver a audiência; também a Dra Julieta Pontes pediu emprego à deputada Elina para a sua cunhada Fátima Paturi, tendo a deputada dito que não poderia, porque já estava comprometida com as pessoas da campanha, porém a declarante informa que, posteriormente, Fátima Paturi compareceu à Fundação Yapoatan, ocasião em que informou que já estava lotada no gabinete da deputada Elina Carneiro (…); que no dia 29 de janeiro, dirigiu-se, separadamente, à Justiça, como, aliás, costuma fazer em todas as audiências, levando consigo a contestação e o estatuto da fundação; que percebeu que ali estavam a Sra Solange com um rapaz alto e com a sua advogada; que posteriormente chegou a Dra Sizenalda (…); que neste mesmo dia a Dra Sizenalda ligou para a Dra Mariza, mas Solange disse que poderia fechar o acordo em 08 (oito) meses, que ela, Solange, assumiria a responsabilidade (…); que durante toda a audiência, a declarante permaneceu em silêncio, haja vista que o acordo foi feito entre Sizenalda, Solange e sua advogada e a prova do que diz está na ausência de seu nome e de sua assinatura na ata de audiência (…); que passada a audiência, advieram os dias de maior pressão de sua vida, pois a Dra Sizenalda informou à declarante que teria que preparar um relatório para ser encaminhado à Secretaria de Finanças, porque Dra Mariza estaria pedido um relato do acordo e de seus valores, bem como um parecer jurídico; que a declarante sentiu que poderia estar sendo usada para um grande esquema de corrupção (….); que após o ocorrido, a Dra Sizenalda foi com muita freqüência até a presença da secretaria de finanças, Mariza Caneiro (…); no mesmo instante, contou a Dra Mariza Carneiro que foi Elina quem lhe pediu para não contestar; que passados alguns dias, no dia 08 de março do corrente ano, na própria sede da Fundação Yapoatan, articularam uma reunião, na qual estavam presentes o prefeito Newton Carneiro, a Dra Sizenalda, Dra Julieta, Dr Jorge Marques, Dr Alexandre Gomes e o Procurador Geral do Município, Dr Aldemar Santos, além da própria declarante (…); quando do seu retorno, foi novamente pressionada para fazer o relatório com o ‘de acordo à conciliação’ (…); finaliza a declarante dizendo sentir-se usada e injustiçada, a própria ‘boi de piranha’ (…).”