A deputada Terezinha Nunes acaba de afirmar, em plenário, que o Governo do Estado vem postergando os aumentos da conta da luz por interesses políticos.

E sugeriu: “Eduardo Campos deveria fazer como a governadora Wilma Maia, do Rio Grande do Norte (PSB), que reduziu a alíquota do ICMS de 25% para 17% sobre a energia da indústria hoteleira, a mais forte daquele estado, blindando-a contra a crise econômica”.

Terezinha disse que “ninguém pode ser contra a redução da conta de luz” para qualquer segmento, mas explicou que ela é temporária, negociada entre o Estado e a Aneel para ser repassada aos pernambucanos depois das eleições. “A própria Aneel deixou claro que a Celpe cobrará os resíduos mais adiante.

Cerca de R$ 200 milhões, até 2013”.

De acordo com a deputada, a redução beneficiou apenas os consumidores residenciais, “para o governador posar de bom moço”. “Os consumidores de alta tensão – indústria, comércio e serviços – terão aumento médio de 4,86%, maior que no ano passado.

Isso atinge mais de cinco mil empresas, numa época de crise econômica e irá redundar em desemprego e aumento nos preços das mercadorias finais, ou seja, quem vai pagar esse aumento é a população”, disse.

Em aparte, a deputada Jacilda Urquisa disse que o governo dá a entender que está abrindo mão do ICMS, mas não perde nada, pois o aumento para as indústrias compensa.

Miriam Lacerda afirmou que, mais uma vez, “o governo faz propaganda enganosa”, tese reforçada por Augusto Coutinho.

Adelmo Duarte questionou a independência da Aneel.