Líder do PDT não é confiável para o mentor do mensalão Editorial da Rede PDT O ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT), que foi apeado do poder na esteira do escândalo chamado “mensalão” (distribuição de ‘mesadas’ a parlamentares para votarem de acordo com os interesses do governo), passou por Curitiba e se reuniu com os petistas locais no Sindicato dos Bancários, deixando o seu recado: o senador Osmar Dias, líder do PDT no Senado, não é confiável para uma aliança política no Paraná e o melhor para o Partido dos Trabalhadores é candidatura própria ou apoio candidato do PMDB, o atual vice-governador Orlando Pessuti.

A interferência de Zé Dirceu é que deve estar emperrando a confirmação de Osmar como líder do governo no Senado e a concretização da grande aliança entre o PDT e o PT para as eleições no Paraná em 2010. É oportuno resgatar o conceito de Leonel Brizola sobre as ingerências deste personagem no governo de Lula (2003): “Nunca, nem nos tempos do ‘é dando que se recebe de Sarney’ ou do ‘vale-tudo da reeleição de FHC’, assistiu-se um processo tão violento de intervenção do Governo sobre os partidos.

O processo autoritário, as ameaças, a cooptação, por meios escusos e fisiológicos, enfim, este triste espetáculo de corrupção das boas práticas democráticas repetiu e aprofundou a degradação típica da vida política nos últimos anos.

Talvez a maior diferença seja que o ministro José Dirceu tenha pretensões de poder maiores que as de Sérgio Motta”.