Na Reuters A Petrobras voltará a se reunir esta semana com a venezuelana PDVSA para discutir a entrada da empresa no capital da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco.

Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a PDVSA tem até o dia 25 de maio para decidir se entra ou não no projeto, polêmica que se arrasta desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Esta semana terá uma nova rodada para dar andamento aos pontos pendentes: investimentos já feitos e a fazer e a distribuição de combustíveis de acordo com a legislação brasileira”, disse o diretor após lançamento do início da produção diesel S-50, menos poluente.

Ainda sem um orçamento definido, o projeto seria 60 por cento da Petrobras e 40 por cento da PDVSA, mas está sendo totalmente desenvolvido pela estatal brasileira enquanto a parceria não é definida.

Segundo fontes da Petrobras, a obra originalmente havia sido estimada em 10 bilhões de reais, mas os primeiros pacotes de obras licitados elevaram os preços para algo em torno dos 20 bilhões de reais.

Eles serão revistos.

Costa não confirmou o valor da unidade, alegando que vai depender das licitações, e lembrou que os pacotes já licitados da obra foram suspensos devido a preços excessivos.

A previsão é de que as novas propostas sejam recebidas até maio. “Vamos receber as propostas no final deste mês e começo de maio, mas estou otimista, vi notícias hoje de que a Usiminas vai dar desconto de 30 por cento no aço, isso é muito importante pra gente”, explicou o executivo.

A refinaria Abreu Lima tem previsão de entrar em operação em 2011, com capacidade de refino de 200 mil barris diários.

A unidade também esteve envolvida em denúncias do Tribunal de Contas da União, sobre superfaturamento nas obras iniciais de terraplanagem, o que foi negado por Costa. “Temos como comprovar cada número, não existe superfaturamento, estou absolutamente tranquilo em relação a isso”.