Por Renato Lima, de Economia / JC Com apenas um aditivo, o primeiro contrato do Estaleiro Atlântico Sul subiu de US$ 1,2 bilhão para US$ 1,6 bilhão.

A significativa mudança, de 33%, refere-se a reajustes contratuais e, principalmente, a adaptação dos navios a uma atualização da regra internacional do setor, chamada de Common Steel Rules (CSR, da sigla em inglês, indicando uma legislação mundial em relação à construção naval). “Tem os reajustamentos normais e uma mudança no projeto que fez com que ele aumentasse.

A CSR foi alterada depois que já tinha o projeto e a gente teve que se adequar a ela, isso gerou um aditivo contratual”, explicou o presidente do EAS, Ângelo Bellelis.

Segundo ele, a mudança implicou na necessidade de novos serviços no casco duplo de aço das embarcações, demandando assim mais investimentos.

Esse primeiro contrato se refere aos dez navios do tipo Suezmax, que estão sendo construídos para a Transpetro.

A primeira das embarcações ficará pronta em abril do próximo ano.

O EAS também conquistou uma encomenda de cinco navios do tipo Aframax, que seriam feitos em um estaleiro no Rio de Janeiro, mas que não conseguiu demonstrar capacidade técnica e financeira para tal.

O contrato dos Aframax foi repassado para o EAS, mas ainda está esperando a eficácia, quando começa de fato a valer e totaliza US$ 392 milhões.

O presidente do estaleiro também se mostrou confiante nas perspectivas da empresa. “Temos encomendas até 2015.

Qual empresa tem isso hoje em dia?”, comentou.

O EAS sonha especialmente com as licitações de navios sondas por parte da Petrobras para exploração do pré-sal.

Serão 28 embarcações, com preço estimado de até US$ 1 bilhão cada, além de casco de plataformas e barcos de apoio, totalizando uma demanda anunciada de 224 embarcações. “Acreditamos num futuro promissor”, comentou o presidente do estaleiro.

PROMINP O EAS também selecionará pessoal através do Prominp.

Em uma reunião ontem na Fiepe, foi estabelecido que o EAS deverá receber dados do Prominp de profissionais nas áreas de caldeiraria, montagem, soldagem, entre outros, somando aos que já existem no banco de dados do próprio empreendimento.

De acordo com o Prominp, o programa tem no Estado cerca de 1.000 profissionais já capacitados para a área de petróleo e gás.