O relator da CPI das Escutas Telefônicas, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), disse ter ficado claro que houve inúmeras impropriedades na Operação Satiagraha.

Ele ressalvou, entretanto, que as investigações da CPI sobre o assunto foram prejudicadas pelo fato de a comissão não ter tido acesso aos dados da operação que estão em poder do juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto de Sanctis.

Entre as irregularidades, o deputado citou o uso de senhas genéricas por policiais para ter acesso a dados cadastrais e de histórico de chamadas realizadas e recebidas por pessoas investigadas.

Também ficou comprovado, afirmou, que houve impropriedade na atuação de juízes que deram autorização prévia de escuta de quem entrasse em contato com o alvo da operação.

Também ficou constatado, afirmou Pellegrino, que houve acesso indevido de não policiais a escutas telefônicas.

O mesmo ocorreu, afirmou, na operação controlada de um suposto flagrante de corrupção, da qual participou um cinegrafista da Rede Globo - antes da deflagração da operação.

O relator afirmou que, em razão da falta de dados, não foi possível averiguar se havia provas de escutas ilegais realizadas pela empresa Kroll.

Porém, afirmou, ficou claro que, na disputa pelo controle empresarial, Brasil Telecom e Grupo Opportunity realizaram inúmeras irregularidades.