Os hospitais Dom Malan e do Trauma, em Petrolina, podem interromper suas atividades.
Os médicos reclamam falta de financiamento e precarização do trabalho médico.
A informação é do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe).
Segundoa entidade, o aviso prévio dos cirurgiões, ortopedistas, clínicos e bucomaxilofaciais do Dom Malan termina nesta sexta-feira.
Em seguida são os obstetras a entrarem de aviso prévio.
Os contratos de todos os anestesistas encerra-se no dia 1º de maio.
De acordo com o presidente do Simepe, Antonio Jordão, ha 15 anos os vínculos de trabalho promovidos pela Prefeitura de Petrolina são precarizados. “Não é feito concurso público, não tem carreira (como a dos juízes, promotores, militares e outras.
Será por quê o trabalho do médico é menos importante?.
Não tem salário estável e uniforme, não tem direito a férias nem 13º salário, FGTS ou fundo previdenciário.
Não pode ficar doente nem se aposentar Perguntar não ofende: a lei proíbe a terceirização de atividade fim, ou não? “ , questionou.
Antônio Jordão disse que os contratos dos médicos são informais (“de boca”), através de firmas, cooperativas, organizações sociais.
Na atualidade, possui uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mais dois hospitais - um geral (trauma) mais um materno-infantil (Dom Malam) – isto significa, três unidades de saúde sob a responsabilidade do município.
No entando, os dois hospitais tem perfil de hospital regional estadual ou poliestadual.
O presidente do Simepe voltou a perguntar pelos hospitais do Estado na região e pelos hospitais do Ministério da Saúde, ou seu apoio financeiro, para a região. “São Paulo e o Sul recebem mais recursos per capta do que os nordestinos.
Por essa desresponsabilização com a Saúde, quem paga a conta?
Como sempre, a população e os médicos.
Todos precisam ter atendimento médico de qualidade.
Afinal, a coisa mais preciosa que temos é a vida”, enfatizou.