Do JC Online Com informações da Rádio JC/CBN Após ser destituído da presidência do PMN em Pernambuco, o deputado federal Sílvio Costa afirmou, em entrevista à Rádio JC/CBN na manhã desta quarta-feira (22), não ter mais clima para continuar no partido.

Além dele, seu filho, Sílvio Costa Filho, secretário de Turismo de Pernambuco, deixou a presidência do PMN no Recife, sendo substituído pelo vereador Gilvan Cavalcanti nessa terça-feira (21).

Ouça, acima, a íntegra da entrevista.

O domínio da legenda saiu por completo do domínio da família e passou para um grupo ligado ao deputado federal Raul Jungmann (PPS), desafeto de Sílvio Costa.

Com a troca, o PMN pode deixar de fazer parte da base de apoio ao Governo Estadual. “O argumento da executiva nacional do PMN, quando fez a minha destituição, foi que a gente teria votado a favor do Governo Lula, só que nós somos cinco deputados aqui e sempre votamos, desde fevereiro de 2007, a favor do governo”, pontuou Sílvio Costa.

Para o deputado, a mudança de rota do partido teria influência de Raul Jungmann. “O grande problema do PMN é que o deputado Raul Jungman, que é nosso adversário político, tem uma relação pessoal com a secretária geral do PMN.

Ele fez essa articulação nacional e conseguiu tomar o PMN das mãos do nosso grupo.

Tanto que o atual presidente do partido em Pernambuco é assessor dele.

Ele era presidente municipal do PPS, deixou a presidência do PPS num dia e no outro assumiu a presidência do PMN Estadual.

Eles agora estão comunicando que o PMN vai coligar com o PPS. É claro que isso é uma mudança de rota do partido.

E também hoje eu vejo nos jornais que o deputado Sílvio Costa Filho foi destituído, o que também é uma retaliação”, opinou.

Nesta sexta-feira, o deputado pretende se reunir com seu grupo político para tomar uma decisão quanto a mudança de legenda, mas tomando cuidado com todos os aspectos jurídicos. “É evidente que a gente não tem clima pra continuar no partido.

A única forma de a gente continuar seria se o controle político do partido em Pernambuco voltasse para o nosso grupo, mas pelo que eu estou vendo, a cada dia o nosso grupo fica mais fragilizado no partido.

A gente tem que tomar cuidado com os aspectos jurídicos da decisão.

Mas acho que já está muito claro que nós estamos sendo retaliados e que o partido mudou de posição política.

Está claro que eles querem que a gente saia do partido”.