Os hospitais Dom Malan e do Trauma podem interromper suas atividades: por falta de financiamento e por falta de acordo com os Médicos.
Termina o aviso prévio dia 1º de Maio de 2009 de todos os anestesistas do Hospital Dom Malan e acabam-se os contratos dos: cirurgiões, ortopedistas, clínicos e bucomaxilofaciais.
Em 24 de abril, Entra de aviso prévio os obstetras.
A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (15) à noite.
Os médicos de Petrolina decidiram também pela manutenção integral da pauta apresentada à Prefeitura, estabelecendo o Estado permanente de alerta; a comissão de negociação será centralizada e composta pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco e um representante de cada especialidade; os contratos de trabalho, de caráter temporário enquanto não se realiza o concurso público e toma posse os aprovados, devem ser realizados pela Prefeitura e o médico diretamente.
Além disso, os médicos reconhecem que o financiamento da Saúde em Petrolina, é insuficiente, porém discordam da tentativa de solução posta em curso pela Prefeitura: fechamento de serviços (como a Clínica da Dor), rejeitando os cortes da comida dos funcionários e dos remédios, bem como a redução dos salários que há 15 anos já ajudam a co-financiar o Sistema de Saúde, com o seqüestro de parte dos seus salários e dos seus direitos sociais.
De acordo com o presidente do Simepe, Antonio Jordão, a categoria não mais aceita a precarização e defendem que a ampliação do financiamento da Saúde deve ser a solução.”O Município tem que investir mais de 15% do seu orçamento.
Há municípios que investem 25% e até 30%”, declarou.
Vale lembrar que a Prefeitura chamou o Estado para assumir os Hospitais Geral e Materno-Infantil para a Região. “Por que os Cidadãos de Petrolina-Pe são discriminados, sendo a cidade a única sede macro-regional que não tem hospital (Regional) bancado pelo Estado de Pernambuco?” questionou o presidente do Simepe.
Jordão afirmou que os recursos volumosos devem vir do Ministério da Saúde, que nunca cuidou de maneira adequada, da população do Vale do Médio São Francisco, região de desenvolvimento econômico. “Por que o Governo Federal discrimina os Nordestinos repassando proporcionalmente menos recursos do que para regiões mais ricas como Sul e Sudeste?
Precisamos de estadistas para solucionar a Saúde.”, complementou.
Os médicos alertam as autoridades constituídas e a população, da qual cuidam todos os dias, e, sendo conhecedores da engrenagem e do funcionamento dos hospitais e das suas necessidades, para a imediata e definitiva solução da Saúde com a prioridade que o povo de Petrolina e Região merecem.