Em sessão do Pleno desta quarta-feira, o Tribunal de Contas de Pernambuco reverenciou a memória do deputado federal Carlos Wilson, que morreu sábado à noite, no Recife, vítima de câncer generalizado.
Autor do voto de pesar pelo seu falecimento, o conselheiro Carlos Porto falou sobre a vida do parlamentar, “que soube construir o seu próprio espaço na política e fez dela sua profissão de fé”.
Lembrou que Carlos Wilson estreou na vida pública aos 23 anos de idade, como deputado federal pela antiga Arena (Aliança Renovadora Nacional), e terminou como integrante do PT, “o que demonstra que era um político amplo e que sabia construir amigos”. “Como governador”, disse o conselheiro Carlos Porto, “ele teve um diálogo aberto e franco com a oposição, da qual eu fui líder na Assembléia Legislativa.
Tanto isso é verdade que quando se abriu a primeira vaga, no Tribunal de Contas, em 1990, a ser preenchida por indicação daquela Casa, tive oportunidade de disputá-la e obtive a maioria dos votos.
Coube a ele (Carlos Wilson) fazer a minha nomeação, mesmo eu não tendo feito parte da bancada situacionista”.
LIGAÇÃO ANTIGA - O presidente Severino Otávio associou-se às homenagens prestadas por Porto ao deputado dizendo que teve como ele uma ligação fraterna. “Começamos juntos na vida pública, ele com 23 anos e eu com 28”, lembrou o presidente do TCE, acrescentando que na semana passada passou uma tarde inteira em companhia dele, no hospital em que estava internado, rememorando episódios da vida de ambos. “Ele só falava numa coisa: viver.
Mas Deus o levou precocemente para poupá-lo de mais sofrimento”, disse o presidente do TCE, que foi amigo do deputado durante mais de 30 anos.
Cópia do voto será enviada à genitora do Carlos Wilson, Terezinha Campos, aos seus irmãos André e George, às mesas do Senado e da Câmara, à presidência dos partidos políticos, ao governador do Estado e ao Clube Náutico Capibaribe, do qual era torcedor.