Por Renato Lima, de Economia / JC A administração de Suape espera para os próximos dias um documento que oficialize o interesse de um grande grupo em construir um segundo estaleiro no Estado, dessa vez específico para a construção de plataformas de petróleo.
Esse novo estaleiro seria um investimento do mesmo porte do Atlântico Sul (EAS), que está demandando investimento geral de R$ 1,4 bilhão.
O governo faz questão de manter em sigilo os nomes dos grupos em negociação, mas fontes do mercado indicam que o negócio interessaria às empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e grupos internacionais, como a Jurong, de Cingapura.
As negociações estão sendo conduzidas com apoio da Planave, consultoria do Rio de Janeiro que está trabalhando, junto com a Projetec, no novo plano diretor de Suape. “Há três grupos na praça cogitando fazer um grande estaleiro”, afirmou ao JC Paulo Oliveira, executivo da indústria naval e sócio da consultoria Janus.
Segundo ele, um dos problemas para abrigar um novo grande estaleiro é área disponível. “Eu já percorri de helicóptero da Bahia ao Rio de Janeiro em busca de uma área boa e não achei”, afirma.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento do Estado, Fernando Bezerra Coelho, Suape já negociava e está aguardando a oficialização do pedido de área, que seria na própria Ilha de Tatuoca, onde opera o EAS e ainda tem disponível 300 hectares para uso industrial.
De acordo com a Petrobras, este mês a empresa vai lançar a licitação para comprar 28 sondas de perfuração para a área do pré-sal.
A proposta do futuro estaleiro seria participar dessa licitação como “virtual” e, caso arremate encomendas, iniciar a construção do empreendimento.
Essa foi justamente a estratégia usada pelo Atlântico Sul.