Reinaldo Azevedo, em seu blog Ah, sim…

Protógenes Queiroz, aquele que anda de braços dados com deputados do PSOL, está choramingando em seu blog, que não é bem dele, mas de admiradores….

Afastado da PF, diz-se injustiçado.

E atribui tudo a uma espécie de trama liderada, claro!, por Daniel Dantas.

Mais: vê uma grande conspiração contra juízes, policiais e procuradores da República.

Sobre o fato de que passava boa parte do tempo dando “palestras” e entrevistas, quando deveria estar trabalhando, não disse uma palavra.

Sobre o fato de que já apresentou pelo menos quatro versões — todas, evidentemente verdadeiras, embora em si contraditórias —da tal Operação Satiagraha, também faz silêncio.

Pelo visto, Protógenes acreditava e acredita que alguém que se declare inimigo de Daniel Dantas pode fazer o que bem entende, incluindo colocar-se acima da lei.

Varou o sinal vermelho?

Se o guarda o pegar, exiba a carteirinha “anti-Dantas”.

Bateu a carteira do próximo?

Se for preso, comece a gritar: “Cadeia para Daniel Dantas!” Resolveu montar uma organização clandestina de espionagem?

Foi flagrado?

Pegue o megafone e faça um comício: “Abaixo Daniel Dantas!”.

Que Daniel Dantas pague pelo que fez!

Comprovados os crimes de que é acusado, que vá para a cadeia.

Mas já cansou essa história de usar o homem como armário para esconder ilegalidades — venham da PF, do MP ou da Justiça.

Muitos devem se lembrar dos tempos do Esquadrão da Morte.

Os matadores contavam com apoio popular.

O desejo da população de punir bandidos era honesto.

Mas o Esquadrão era a solução?

Não!

Virou uma indústria criminosa.

Olhem lá as milícias do Rio de Janeiro ou alguns “justiceiros” da periferia das grandes cidades do país.

A população costuma preferir essa gente aos traficantes.

Em qualquer dos casos, coitada!, torna-se refém do crime.

Atuando ao arrepio da lei, os “justiceiros” — pouco importa se sua clientela são os pobres ou a classe média — não vêem diferença entre aqueles a quem chamam de “bandidos” e os que simplesmente são seus desafetos.

Comportam-se como legisladores, juízes e executores de penas.

Se você indagar, por exemplo, por que eles monopolizam os gatos de TV a cabo e exploram o serviço de vans nas favelas, dirão que precisam de recursos para combater o… crime!

Um justiceiro, em suma, está sempre ocupado em duas coisas: em combater crimes e em praticá-los.

Veja o blog do delegado aqui.