O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que o Estado deve ter um controle maior sobre a economia.

Segundo ele, o governo deve fiscalizar o setor financeiro, de forma a evitar novas crises, e estatizar bancos se houver necessidade. “A nacionalização de bancos, mesmo temporária, não deve ser descartada.

Não podemos ficar prisioneiros dos paradigmas que ruíram nos últimos meses”, disse Lula, durante a abertura do Fórum Econômico Mundial para América Latina, no Rio de Janeiro.

Para o presidente, a crise só irá ser resolvida quando houver maior participação dos países em desenvolvimento. “Não criamos o problema, mas somos parte da solução”, considerou.

Além disso, afirmou que as nações ricas devem manter o fluxo do comércio mundial para que os países pobres não sofram tanto com o agravamento da crise financeira.

Durante seu discurso, Lula ressaltou a importância de o Brasil ter se tornado credor do FMI (Fundo Monetário Internacional) e comemorou as decisões tomadas na última reunião do G20 (grupo dos principais países ricos e emergentes), que aconteceu no início deste mês em Londres. “A cúpula de Londres deu o primeiro passo ao reconhecer que não há solução sem participação dos países em desenvolvimento.

O primeiro passo foi dado com a decisão de revisar a distribuição de cotas e votos no FMI e no Banco Mundial.

O FMI tem que mudar de comportamento, com regras democráticas de participação.

Ninguém é melhor porque coloca mais dinheiro", afirmou.

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