Por Fernando Bezerra Coelho, no JC desta terça Quando me indagam sobre os desdobramentos da crise econômica mundial no nosso Estado, tenho repetido as palavras do fundador do Wal-Mart, Sam Walton, que afirmava, por ocasião de retração econômica nos Estados Unidos, haver decidido não participar da crise econômica.
Passados os primeiros seis meses, desde que a atual crise econômica eclodiu nos Estados Unidos com a falência do Leman Brothers, reforço a minha convicção de que a nossa melhor atitude, face a atual conjuntura econômica, é continuar apostando no desempenho da economia pernambucana mesmo diante de um quadro que já podemos chamar da maior crise do capitalismo moderno.
Pernambuco vive um novo tempo.
Pernambuco colhe o acerto de políticas públicas focadas na gestão governamental e na atração de novos investimentos.
O Estado acumulou reservas financeiras para enfrentar o ano de 2009, graças a uma política austera de contenção de gastos e potencialização das receitas públicas.
Além disso, cuidou de tirar do papel os chamados empreendimentos estruturadores: Estaleiro, Refinaria, Plantas Petroquímicas, Hemobras, todos com obras iniciadas, o que assegura a irreversibilidade destes empreendimentos, embora os cronogramas de implantação tenham sido ajustados em função da crise, cujos efeitos são sentidos fortemente no Brasil.
Pernambuco não se deixará imobilizar pela conjuntura adversa.
O PIB brasileiro do último trimestre de 2008 revelou uma queda de 3,6%.
No entanto, o de Pernambuco cresceu 4,8%.
Os dados da pesquisa de emprego e desemprego do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), concluída no mês de fevereiro último, apontam que a Região Metropolitana do Recife gerou 72 mil novos postos de trabalho.
A maior criação de empregos do Brasil.
Em 2007 e 2008, o Condic aprovou incentivos fiscais do Prodepe para 207 novos projetos ou ampliação de unidades existentes.
Agora em abril, na primeira reunião do Condic de 2009, 45 projetos estão sendo aprovados, além de 24 pleitos.
A Junta Comercial informa que, no primeiro trimestre deste ano, tivemos um crescimento de quase 11% na abertura de empresas individuais, limitadas e sociedades anônimas.
As obras da transposição do São Francisco já empregam 4 mil trabalhadores.
A Transnordestina inaugura um forte ritmo de execução.
Mesmo com os atrasos, a Refinaria Abreu e Lima e a Petroquímica Suape devem desembolsar mais de R$ 2 bilhões em serviços no nosso Estado, no ano de 2009.
O governador Eduardo Campos assegura que os investimentos públicos do Estado serão superiores aos quase R$ 1.200 bilhão de 2008.
O compromisso com a interiorização do desenvolvimento se materializa com investimentos superiores a R$ 1 bilhão da Sadia em Vitória de Santo Antão, da Perdigão em Bom Conselho e da Novartis em Goiana.
Todos estes projetos conquistados pelo atual Governo.
A CPRH liberou a licença ambiental para o Projeto Pontal.
Até o final de maio, a Codevasf lança o edital para o primeiro projeto de Parceria Público-Privada (PPP) do Brasil.
Petrolina ganhará mais de 7.800 hectares irrigados.
Embora alguns critiquem a minha posição de otimismo, renovo a minha aposta em Pernambuco.
Em 2009, vamos continuar crescendo mais do que o Brasil e mais do que o Nordeste. » Fernando Bezerra Coelho é secretário de Desenvolvimento Econômico