Leia alguns momentos da entrevista de Mendonça Filho O RECIFE MAL CUIDADO “São cem dias de total ineficiência.

A coleta de lixo é uma tragédia e a cidade está mal cuidada.

Estive recentemente em Chico City, no Ipsep, e ouvi as pessoas reclamando que durante o final de semana não há coleta, ou seja, o lixo se acumula por três dias, trazendo ratos, baratas e doenças.

Também é assim em diversos bairros pelos quais tenho andado.

A limpeza dos canais também parou, haja vista o caos que imperou na cidade com as chuvas da última segunda-feira.

Vejam que isso não é um privilégio do atual prefeito, mas uma marca bem peculiar do PT, que já entrou no nono ano de poder”.

PROJETOS EMPACADOS “Estivemos recentemente na Avenida Maria Irene, no Jordão, para verificar a situação de uma obra prometida com pompa pelo presidente Lula, que foi o Canal do Jordão.

Pois nada foi feito e quando chove a água invade as casas e o comércio.

A lista de projetos empacados é grande, como a Via Mangue e a BR-101.

Tudo anunciado e divulgado em propaganda oficial, mas nada efetivamente concluído, aliás, a maioria sem sequer ter começado”.

SAUDADES DA UNIÃO “Tenho sido abordado por muita gente que diz ter saudade da nossa gestão (Jarbas/Mendonça), por dizer que era mais presente, e era mesmo. É só dar uma olhada na situação da saúde e da segurança pública para entender esse sentimento.

No caso da saúde, reparem o abandono de hospitais como o Osvaldo Cruz e o Procape, este último inaugurado no final da minha gestão.

Até mesmo a rede conveniada ameaça paralisar atendimento à população por conta da falta de pagamento por parte do Estado.

Quando me vêm com a história de que “vocês também estiveram no poder”, digo sempre que estivemos sim e, além de realizar uma revolução na infra-estrutura do Estado, não prometemos o melhor dos mundos, que foi o que este governo fez”. “Tirar empreendimentos do papel não é para qualquer um.

Nós fizemos isso com a BR-232, com a eletrificação rural, com 1.800 km de estradas, com o abastecimento de água que beneficiou mais de cem municípios, com a refinaria e o estaleiro.

Mas o que vemos nesses primeiros dois anos e pouco é uma morosidade incrível, as obras andando a passo de tartaruga”. 2010 E OS PROPORCIONAIS “Serei candidato a federal e, como dirigente partidário, vou continuar meu trabalho de fortalecer a bancada do Democratas na Assembléia Legislativa e no Congresso Nacional.

Teremos novos nomes para deputados estaduais e federais, além do apoio irrestrito à reeleição do senador Marco Maciel, um dos maiores expoentes da vida pública desse país”. 2010 E A MAJORITÁRIA “Jarbas é certamente o nome que mais aglutina dentro do nosso grupo, mais ainda é cedo para colocá-lo na parede propondo uma candidatura.

Ao invés disso o momento é de definir uma agenda única de propostas que una Democratas, PMDB, PSDB e PPS”.

DILMA E CIRO? “Não acredito em candidatura dupla da situação no que diz respeito à presidência, ou seja, não creio na hipótese de Ciro Gomes ser candidato.

Petistas não costumam ceder espaço nem mesmo a aliados.

O próprio José Dirceu já disse recentemente que não aceita candidatura dupla.

Mas seja qual for o quadro, uma coisa é certa: José Serra é franco favorito por ter uma história política e por ter sido um excelente ministro da Saúde, entre outras coisas”.

O TRATO COM A CRISE “O Governo conduziu muito mal o processo de divulgação da crise econômica.

Toda aquela coisa do “podem comprar, que é apenas uma marolinha” foi um tanto irresponsável.

O Governo tinha que mostrar mais responsabilidade e não apostar num cenário que ele não tinha certeza que iria acontecer.

Agora estão com uma idéia de taxar a poupança, o que em minha opinião é um erro tremendo”.

OPORTUNIDADES PERDIDAS “As coisas positivas eu enalteço sem medo ou hipocrisia.

Louvo a decisão do governo Lula de preservar a grande conquista que foi a estabilidade econômica conquistada por FHC.

Mas o governo perdeu uma grande oportunidade que foi o ciclo de crescimento mundial.

Ao invés de aproveitar esse ciclo, preferiu onerar o Estado inchando a máquina, e também não fez as reformas estruturais necessárias ao crescimento do País”.