Dados da Equifax mostram que no mês de março foi registrado um volume de 78.928 títulos protestados emitidos por pessoas jurídicas no Nordeste.
Um aumento de 28,84% em relação a fevereiro de 2009.
Comparado a março de 2008, o volume foi 19,19% maior.
A mesma comparação, levando-se em conta o número de dias úteis de cada mês, mostra que o volume de protestos por dia útil, em março, foi 16,57% superior ao registrado em fevereiro e 13,51% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado.
O crescimento do volume de títulos protestados emitidos por pessoa jurídica decorre, em grande parte, do agravamento da situação financeira das empresas devido à escassez de crédito oriunda da crise financeira internacional.
O gráfico abaixo, pela sua linha de tendência, mostra que o volume de protestos manteve-se praticamente constante de julho de 2001 até janeiro de 2009, quando, então, sofreu forte inflexão positiva.
Esta inflexão decorre dos efeitos negativos da mencionada escassez do crédito.
Ao contrário de outras regiões do país que dependem bastante do aquecimento do mercado externo para escoar parte de sua produção agrícola e mineral, o Nordeste depende fundamentalmente do desempenho de seu mercado interno.
A queda da inflação, o aumento da renda média da população e os bons resultados das políticas de transferência direta de renda para a população mais carente garantiram que o mercado interno nordestino se mantivesse aquecido durante os últimos anos, razão pela qual o volume de protestos não cresceu no período.
Após janeiro deste ano, no entanto, a situação começou a agravar-se.
A expectativa é que no início de 2010 a linha de tendência do gráfico de protestos inverta sua trajetória e comece a recuar, retornando aos patamares anteriores