Da Agência Estado A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira, 8, o cumprimento de mandados de busca e apreensão na sede do banco Opportunity, de Daniel Dantas, no Rio de Janeiro.

Anteriormente, a PF havia informado que cumpriria mandados em São Paulo, o que acabou não sendo confirmado.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo .

De acordo com os agentes, a ação policial seria um desdobramento da Operação Satiagraha.

Os policiais ainda estão no interior do prédio e não informaram se o destino do material será a sede da Superintendência da PF no Rio ou se as apreensões partirão diretamente para a capital paulista.

A operação têm como objetivo a apreensão de livros fiscais de registro obrigatório da contabilidade dessas empresas.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, os detalhes da busca serão divulgados ainda nesta quarta.

A ação da PF foi mencionada nesta tarde por deputados na CPI dos Grampos da Câmara dos Deputados durante o depoimento do delegado da PF Protógenes Queiroz, que comandou a Satiagraha e levou Dantas à prisão.

Amparado por um habeas corpus do STF, Protógenes se recusou a responder às dúvidas sobre as supostas irregularidades da operação.

Ele não confirmou a participação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nem se o juiz Fausto De Sanctis e o procurador da República Rodrigo De Grandis tinham conhecimento da atuação da Abin.

Ao ser questionado se o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi investigado, ele respondeu com um não categórico, mas sobre a investigação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, se recusou a responder e ficou em silêncio.

Em depoimento no Ministério Público Federal (MPF) pela primeira vez, o delegado disse que tanto De Sanctis quanto De Grandis sabiam da atuação da Abin.

O próprio, porém, se apressou em corrigir seu depoimento por três vezes e, na última, no mês passado, negou que o juiz e o procurador sabiam do envolvimento da agência. É o segundo depoimento dele à comissão.

No ano passado, ele assegurou aos parlamentares que a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na operação foi informal.

A declaração do delegado é considerada inverídica pelo presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), que já defendeu publicamente o indiciamento de Protógenes por ter faltado com a verdade.