Do Congresso em Foco Durou pouco a intenção da Câmara de impedir os gastos dos deputados com comida, assessorias e pesquisas.

As novas regras de uso da verba indenizatória deveriam valer a partir de maio, mas os parlamentares pressionaram e a Mesa Diretora se reúne hoje para voltar atrás em algumas decisões tomadas para impedir abusos.

No fim de semana, a Câmara começou a divulgar na internet, pela primeira vez, as despesas detalhadas dos deputados com a verba indenizatória.

Os primeiros registros revelam gastos com lanches em redes de fastfood, refeições em churrascarias, pizzas e até bilhetes de estacionamento.

Só nos seis primeiros dias de abril, os ressarcimentos dos parlmentares que divulgaram os gastos chegaram a R$ 168.043,12.

O detalhamento das despesas dos deputados foi possível depois que a Câmara decidiu tornar público, além do volume total dos gastos com a verba, os registros e os nomes das empresas a quem os parlamentares pagavam para pedir ressarcimento.

Criada em 2002 para cobrir gastos dos deputados no exercício do mandato, a verba indenizatória virou escândalo após denúncia de que Edmar Moreira (MG) usava o dinheiro para pagar seguranças de suas próprias empresas.

Como noticiou com exclusividade o Congresso em Foco, o deputado foi o campeão de gastos com segurança desde o início da legislatura, até 2008.

Após a denúncia, a Câmara decidiu aumentar o número de regras que regem o ressarcimento.

A idéia era que, a partir de maio, os deputados não pudessem mais usar a verba para gastos com alimentação, assessoria e pesquisa.

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