O presidente da Câmara, Michel Temer, anunciou hoje que o auxílio-moradia para deputados será extinto.
A medida, no entanto, só entrará em vigor depois de uma reforma em apartamentos funcionais para dividir algumas unidades em duas.
A decisão foi tomada hoje durante a reunião da Mesa Diretora.
A previsão é que as obras nos apartamentos estejam concluídas em um prazo de dois anos.
A intenção é transformar apartamentos funcionais de três e quatro quartos em duas unidades de dois quartos.
Com isso, a Câmara aumentaria o número de apartamentos funcionais de 432 para 528.
A previsão é que as obras durem dois anos.
O 4º secretário, deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) informou que, a previsão de gastos com a reforma dos apartamentos é de R$ 150 milhões.
Atualmente, a Câmara gasta R$ 13 milhões por ano com o pagamento do auxílio-moradia de R$ 3 mil para os deputados que não ocupam apartamentos funcionais.
Hoje, 56% dos deputados ocupam apartamentos funcionais da Câmara.
Gestão descentralizada A Mesa decidiu hoje também adotar o sistema de gestão condominial para os apartamentos funcionais, descentralizando a administração das unidades, que hoje é feita pela Câmara.
Com a mudança, que deve ser implantada depois da reforma, serão escolhidos síndicos entre os próprios parlamentares, que ficarão responsáveis pela gestão dos imóveis.
Esses sistema já é adotado hoje pelos ministérios do Exército, Aeronáutica e Marinha.
Auxilio-alimentação Na reunião de hoje, também ficou decidido que a verba indenizatória poderá ser usada para despesas com alimentação.
Na semana passada, decisão da Mesa havia proibido o uso da verba com esse tipo de gasto.
As despesas com alimentação, no entanto, só poderão ser pagas com a verba indenizatória quando forem feitas no estado do parlamentar.
O 1º secretário, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), explicou que seria um contrassenso permitir o uso da verba para gastos com hospedagem e combustível e proibir com alimentação.
Passagens aéreas Temer ainda anunciou, logo após a reunião, que a Mesa adotará maior rigor no controle da emissão de passagens aéreas paras os deputados.
Ele explicou que a 3ª secretaria adotará um sistema de fiscalização mais rígido para a concessão das passagens e os gabinetes parlamentares deverão credenciar uma única pessoa para retirar os bilhetes.
Da Agência Câmara