Por Sérgio Montenegro Filho, no blog www.polislivre.blogspot.com Gente muito próxima ao governador Eduardo Campos (PSB) garante: estão tentando criar um problema para ele que não existe, chamado Ciro Gomes.

Na avaliação de um grupo de socialistas, a tática correta é deixar correr a pré-candidatura presidencial do deputado federal cearense ao longo de 2009 e avaliar o cenário apenas em 2010.

A partir daí, as costuras indicariam o destino de Ciro, que poderá ser mantido na disputa, afastado definitivamente ou, até mesmo, compor uma chapa com o PT, hipótese menos provável.

A estratégia de Eduardo lembra o estilo do seu avô, Miguel Arraes, que costumava trabalhar com todas as alternativas possíveis, e mesmo algumas improváveis.

Se o quadro geral da disputa, em 2010, indicar a viabilidade de duas candidaturas do lado governista para dar combate à oposição, o PSB pode manter Ciro Gomes – que no momento vem aparecendo nas pesquisas melhor colocado que a presidenciável do PT, Dilma Rousseff.

Mas se o cenário revelar a necessidade de unir todos em um só palanque, o próprio Eduardo se encarregará de conversar com o correligionário.

O que não quer dizer que o governador, como presidente nacional do PSB, não tenha pela frente uma missão bem árdua: controlar a verborragia de Ciro.

Conhecido pelo temperamento forte, o deputado pode até se manter pré-candidato.

O que não pode é, com suas declarações explosivas, azedar a delicada relação entre o PSB e o PT.

E é desse problema que Eduardo Campos deve se ocupar nos próximos meses.