Muito abalada, a viúva do professor pernambucano Almir Olímpio Alves, de 42 anos, morto no massacre dessa sexta (3), em Nova Iorque, nos Estados Unidos, disse estar revoltada com as autoridades norte-americanas pela falta de notícias. À reportagem da TV Jornal, a também professora Márcia Pereira Lins Alves, de 36 anos, disse ter sido informada de que o marido estava entre as vítimas por um contato telefônico, na noite desse sábado (4), da esposa do orientador de Almir, que é brasileira.

Até a tarde deste domingo, Márcia não recebeu qualquer comunicado por parte dos americanos, nem confirmação do Itamaraty.

A princípio, ela não acreditou que o marido estivesse entre as vítimas, porque não sabia que ele estudava inglês na American Civic Association, local onde aconteceu o massacre que terminou com 14 pessoas mortas, incluindo o atirador.

O último contato que Márcia teve com Almir foi nessa quinta, quando recebeu e-mail do marido, que a ajudava na declaração de imposto de renda.

Casados há 17 anos, o casal tem um filho de 16 anos.

Eles haviam combinado de conversar novamente nesse sábado.

Márcia, que não tem computador em casa, foi informada pela colega, esposa do orientador, de que o curso de inglês que Almir frequentava todas as manhãs, das 9h ao meio-dia, era na American Civic Association.

Ela fazia planos de que o filho do casal fosse estudar junto ao pai. “Dei graças a Deus que ele (o filho) não foi, podia ter sido outra vítima”, disse, à reportagem da TV Jornal.

Sobre o traslado do corpo, a professora informou que o procedimento está sendo intermediado pela direção da Universidade de Pernambuco, local em que Almir Alves foi professor de matemática por seis anos.

Pernambucano é uma das vítimas de massacre em Nova Iorque