O professor pernambucano Almir Olímpio Alves, de 42 anos, é uma das vítimas de massacre ocorrido na última sexta (3), em Binghamton, a 225 quilômetros a noroeste da cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

A informação foi confirmada na tarde deste domingo (5) pela assessoria de imprensa da Universidade de Pernambuco (UPE), instituição em que Almir Alves era funcionário há seis anos.

O pernambucano foi uma das 14 pessoas - incluindo o atirador - que morreu no ataque de um homem que entrou atirando no prédio da American Civic Association, um centro de serviços para imigrantes, em Binghamton.

Ele estava no Estados Unidos há seis meses, fazendo pós-doutorado em Matemática Pura na State University of New York Suny, a convite de um professor da universidade.

Almir Alves era professor de matemática do campus da UPE de Nazaré da Mata, distante 65 quilômetros do Recife.

De acordo com o diretor da unidade, Luiz Alberto Rodrigues, a Universidade negocia o traslado do corpo junto aos familiares do professor. “Estamos esperando para amanhã um comunicado, via consulado, sobre o traslado.

Me parece que houve uma missa e por isso o atraso”, disse.

O professor deixou o País no dia 1º de setembro de 2008 e estava com volta prevista para 30 de junho.

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Meia hora depois, a polícia recebeu telefonema de uma recepcionista, que disse que havia levado um tiro no abdome.

Ela sobreviveu.

A polícia informou que chegou em três minutos e isolou a área.

Segundo o chefe de polícia Joseph Zikuski, não houve mais tiros após a chegada dos policiais.

Um grupo de 26 pessoas se escondeu no porão e foi orientado por celular a permanecer lá até resgate policial.

Ao todo, 37 pessoas foram retiradas com segurança.

O atirador seria asiático e tinha documentos com o nome de Jiverly Voong, 42 anos, morador Jonhson City, a 5,4 quilômetros de Binghamton.

A polícia não confirmou a informação, mas um policial disse em condição de anonimato que esse seria um nome falso usado pelo homem no passado.

Dois asiáticos foram detidos porque se encaixavam na descrição oferecida pela recepcionista, mas acabaram liberados.

Surgiram informações conflitantes de que a polícia de Binghamton e o FBI tentaram negociar com o atirador para liberar as pessoas que continuavam no centro.

Mais tarde, a população da cidade, de 47 mil habitantes, ainda chocada, fez vigília pelos mortos numa igreja luterana, à noite.

O crime foi o ataque a tiros nos EUA com mais mortos desde o massacre na Universidade Virginia Tech, quando o estudante sul-coreano Cho Seung-hui matou 32 colegas e professores antes de se suicidar em abril de 2007.