A instalação da Caravana da Anistia do Ministério da Justiça, que aconteceu na manhã desta quarta (1º), no Palácio do Governo, foi marcada pela emoção de familiares com a lembrança do ex-governador Miguel Arraes.

Ele foi citado em todos os discursos, inclusive o do ministro da Justiça, Tarso Genro, que disse considerar Arraes um símbolo da ditadura.

Genro assinou portaria que concede anistia política ao ex-governador.

No Golpe de 64, Arraes foi deposto pelos militares, conduzido para fora do Palácio das Princesas e – após onze meses preso em Fernando de Noronha – foi exilado na Argélia.

Ele estava na metade de seu primeiro mandato como governador.

O evento no Palácio do Governo começou às 11h, com a instalação da 20ª Caravana da Anistia.

Foi seguido pelo lançamento do livro “Jonas!

Presente…

Agora e Sempre”, da escritora Marisa Barros, irmã de estudante morto em 64 no Recife.

Depois, o Governo realizou o pagamento de indenizações a 32 militantes políticos (remuneração esta custeada pelo erário estadual).

Ainda durante a cerimônia, o governador entregou o acervo documental do Instituto de Criminalística de Pernambuco ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que vai destinar os documentos ao Memorial da Anistia.

Nos discursos, quem roubou a cena foi o caçula de Eduardo Campos.

José Henrique, de 4 anos, não desgrudou do pai e ficou abraçado na perna do governador até enquanto ele falava aos presentes.

Com informações de Cecília Ramos, de Política / JC Ditadura: Eduardo quer que indenizações sejam lei