Os presidentes do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) – André Longo e Antônio Jordão, respectivamente – estiveram ontem (30) na sede da Chefia da Polícia Civil para discutirem o combate ao exercício ilegal da profissão.

Para André Longo, a situação é preocupante. “Pode-se dizer que há uma prática disseminada nos municípios do nosso Estado, e isso é muito grave”, alertou.

Como parte das iniciativas de combate ao problema, o Cremepe solicitou a participação da Polícia Civil no processo de repressão aos falsos médicos. “A nossa ideia é firmamos um convênio com a polícia para intensificarmos o combate, principalmente nos municípios em que for constada uma maior incidência”, sugere Longo.

O diretor geral da Polícia Civil, Manoel Carneiro, por sua vez, aprovou a iniciativa do conselho e pediu que a entidade médica elaborasse uma minuta para formalizar o pedido. “Precisamos instrumentalizar a solicitação para, num segundo momento, estabelecer uma operação conjunta”, disse Carneiro.

O Cremepe também está dando continuidade a uma campanha de conscientização que visa alertar os médicos para o problema, que é considerado crime.

Para isso, irá afixar cartazes educativos nas escolas de medicina do Estado. “O público-alvo são os estudantes que, muitas vezes, exercem a profissão sem o diploma de médico”, afirma Longo.

Um exemplo recente dessa prática - detectada pela Caravana do Cremepe-Simepe no último dia 17 - foi o caso do estudante de medicina que estava atuando no município de Tracunhaém, Zona da Mata, na Unidade Mista Gercina da Silva, embora não tivesse o número de registro no Cremepe.