Deu no Estadão A filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Luciana Cardoso, ocupa um cargo de confiança do Senado desde abril de 2003.
Ela foi nomeada secretaria parlamentar, com salário de R$7,6 mil, pelo senador e atual primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI).
Luciana foi secretária particular de seu pai nos dois mandatos, de 1995 a 2003.
Seu contrato com o Senado só se tornou público agora, já que ela não frequenta o gabinete de Heráclito.
Luciana não foi localizada pelo Estado.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Luciana afirmou que prefere trabalhar em casa, cuidando das “coisas pessoais do senador” porque o gabinete de Heráclito “é um trem mínimo e a bagunça, eterna”.
Nesta sexta-feira, 27, o senador se recusou a comentar o assunto.
A divulgação do fato ocorre no momento em que o primeiro-secretário se diz empenhado em moralizar a distribuição dos cargos de confiança do Senado.
Chama a atenção dois outros casos de comissionados do Senado, igualmente relacionados com autoridades, que não dão expediente na Casa. É o caso da neta mais nova do ex-presidente Juscelino Kubitschek, Alejandra Kubitschek Bujones e da primeira-dama de Sergipe, Eliane Aquino.
Alejandra recebe salário de R$ 4,9 mil e está lotada na terceira secretaria.
Ela é cunhada do ex-senador e atual vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, que ao confirmar sua permanência no cargo, destacou sua “enorme competência”.
Seu contrato começou em 2006, quando Octávio era o terceiro-secretário do Senado.
Alejandra disse ao Estado que faz “trabalho de pesquisas”, mas jamais foi vista no Senado.
Já a mulher do governador de Sergipe, Marcelo Déda, do PT, foi contratada em março de 2002 pelo gabinete do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), com salário de R$ 6,4 mil.
O parlamentar afirma que ela o assessorava em Aracaju, mas ontem, por meio da sua assessoria, informou que enviou um ofício pedindo ao diretor-geral o desligamento da funcionária.
Até ontem o boletim do Senado não havia publicado a exoneração da primeira-dama.
O senador afirmou - por intermédio da assessoria - que “lamenta o preconceito contra as esposas dos governadores, que devem ficar congeladas e servirem apenas como organizadoras de chás para primeiras-damas de prefeito e não podem exercer os direitos de cidadania, inclusive os de um trabalho construtivo em qualquer atividade pública ou privada, porque são deterioradas por quem alimenta a inveja, o desrespeito ou o preconceito”.
Médico Além de pagar assistência médica vitalícia para ex-senadores, o Senado estendeu o benefício aos ex-secretários-geral e ex-diretores-gerais.
De acordo com o site Congresso em Foco, a medida consta de ato da Mesa Diretora de 2000, encabeçado pelo então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA).
A medida vai beneficiar o ex-diretor Agaciel Maia, exonerado em fevereiro.
E já favorece o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro.
Agaciel não foi localizado.
Já o ministro, disse que não há irregularidade na medida.
Segundo ele, o ato levou em conta que secretários e diretores da Casa padecem do mesmo desgaste dos senadores.
Ele disse que continuou pagando o plano de saúde disponível para os servidores do Senado.