O consumo nacional de gás natural continua perdendo forças e tal como aconteceu em janeiro, caiu novamente.
De acordo com os dados estatísticos da ABEGÁS - Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado, o volume de gás natural comercializado atingiu a média diária de consumo de 33,4 milhões de metros cúbicos de gás, uma queda de 1,03% em relação a janeiro e de 34,47% em relação a fevereiro de 2008.
Mais uma vez, os dados demonstram que a falta de política energética fez com que o insumo perdesse competitividade em todos os segmentos, apresentando como resultado o menor consumo desde 2004.
Com relação ao mês anterior, a maior queda - de 11,43% - foi registrada no setor elétrico.
Um menor acionamento das térmicas diminuiu o consumo em 685 mil metros cúbicos por dia.
Na seqüência, apareceu o setor residencial com redução de 4,55% no consumo e em seguida, as indústrias que consumiram 1,96% a menos.
Comparando-se o mesmo período com o ano anterior, a maior queda continuou sendo a geração elétrica, que caiu 65,12% ao reduzir de 15, 2 milhões m³/dia para 5,3 milhões m³/dia o consumo de gás.
As indústrias também apresentaram forte queda: 27,73%.
Em fevereiro de 2008, o uso do insumo para indústrias foi da ordem de 25,4 milhões m³/dia, enquanto que no mesmo mês em 2009 foi 18,3 milhões m³/dia.
A redução de consumo nos segmentos foi ocasionada, além da crise econômica e do preço do insumo que já vinham refletindo de forma negativa no mercado de gás e reduzindo sua competitividade em relação aos demais combustíveis, pelo menor número de dias úteis no mês.
Em contrapartida, os números do volume comercializado dos segmentos automotivo e comercial demonstraram que o mercado tenta reagir.
O consumo do gás natural em veículos atingiu a média de 6 milhões m³/dia, o que representa crescimento de 7,23%.
Já o consumo no comércio cresceu 5,37%, saltando de 553 mil m³/dia para 583 mil m³/dia.
A região Sudeste continua liderando o consumo com 23,5 milhões de metros cúbicos consumidos por dia em fevereiro, seguida pelas regiões Nordeste com 5,5 milhões m³/dia e Sul com 4,2 milhões.
Já as Regiões Centro-Oeste e Norte consumiram, respectivamente, 71 mil m³/dia e 2,5 mil m³/dia.