Deu na coluna Painel, da Folha de São Paulo.

Embora as primeiras notícias da Operação Castelo de Areia atinjam os partidos de oposição, gente graúda no PT estava ontem com as barbas de molho.

Ainda no escuro quanto à origem, o alcance e os bastidores da mais nova iniciativa da Polícia Federal, petistas familiarizados com a composição do caixa das campanhas do partido avaliam que, se o nome é Camargo Corrêa, cedo ou tarde entrarão na roda, pois seus candidatos costumam ser tratados pela construtora da hidrelétrica de Jirau no mínimo com a mesma generosidade dispensada aos adversários.

A Camargo Corrêa experimentou um salto no recebimento de repasses diretos do governo Lula em 2007, quando levou R$ 132 milhões, contra R$ 19 milhões no ano anterior.

Na época, o maior volume foi despejado nas obras do Pan, no Rio.

No ano passado, foram R$ 116,4 milhões, destinados à construção da ferrovia Norte-Sul e das eclusas de Tucuruí (PA).