Na revista Época Online Um documento relacionado à Operação Castelo de Areia, que prendeu nesta quarta-feira (25) quatro diretores da construtora Camargo Corrêa e outras seis pessoas, cita uma suposta contribuição ilegal de R$ 100 mil de uma empresa do grupo ao ex-governador de Pernambuco José Mendonça Filho, do DEM.

O documento também fala em outros R$ 300 mil para o PMDB “aprovado por fora”.

As duas contribuições foram citadas por um certo “Fernando (investigado)” numa conversa gravada com Pietro Francisco Bianchi, um dos funcionários da construtora preso pela PF.

O documento diz que as contribuições são da “empresa Kavo, do Grupo Camargo Corrêa”.

Trata-se, na verdade, da Cavo Serviços e Meio Ambiente, especializada no tratamento de resíduos, águas e efluentes, tradicional doadora de campanhas eleitorais.

O papel não especifica se esse Fernando da conversa é Fernando Botelho, um dos controladores da Camargo Corrêa, ou Fernando Dias Gomes, diretor da empresa que também foi preso na operação Castelo de Areia.

Na eleição de 2008, segundo as informações disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral, a Cavo Serviços e Meio Ambiente, que pertence ao grupo Camargo Corrêa, doou R$ 675 mil para diversos candidatos e comitês financeiros.

Mas não consta nenhuma doação para Mendonça Filho, que foi derrotado na disputa pela prefeitura de Recife.

Também não há nada registrado para o comitê financeiro do DEM da capital pernambucana.

Com relação ao PMDB, há uma doação da Cavo para o comitê financeiro municipal do partido em Salvador, mas de R$ 200 mil.

São R$ 100 mil a menos do que o mencionado no documento da investigação.

Mendonça Filho, que atualmente é presidente do diretório regional do DEM de Pernambuco, foi procurado pela reportagem de ÉPOCA, mas não foi encontrado até as 17h30.

A Camargo Corrêa também não se manifestou sobre o assunto até o momento.

Leia a íntegra da sentença do juiz de Sanctis aqui.

Mendonça diz que doação da Camargo Corrêa foi dentro da legalidade Em nota, João da Costa diz que só recebeu dinheiro da Camargo Corrêa de forma legal