Deu na Folha de S.Paulo desta terça O Brasil está entre os 14 lugares mais perigosos do mundo para o exercício da profissão de jornalista, junto de países em guerra, como Iraque e Afeganistão, ou que passam por conflitos civis, caso de Serra Leoa e Somália.

A conclusão é do CPJ (Comitê para a Proteção dos Jornalistas), que acaba de divulgar seu levantamento anual. É o Índice da Impunidade, que elenca os países em que os jornalistas são mortos com regularidade e em que o governo falha ao tentar solucionar os crimes.

Em seu segundo ano, traz o Brasil em 13º lugar, à frente da Índia (quanto mais elevada a colocação, piores as condições).

Os líderes são Iraque, Serra Leoa, Sri Lanka, Somália e Colômbia.

Para chegar ao ranking, a ONG baseada em Nova York, que defende a liberdade de imprensa no mundo inteiro, divide o número de casos não resolvidos de assassinatos de jornalistas por milhão de habitantes no período de 1999 a 2008.

Só entram na lista países com cinco ou mais casos; são considerados não resolvidos os que não resultaram em condenações. É a estreia do Brasil na lista. “Embora as autoridades brasileiras tenham sido bem-sucedidas em promover ação penal contra alguns assassinos, esses esforços não diminuíram a alta taxa do país de violência mortal contra a imprensa”, diz o texto, segundo o qual alguns “jornalistas cobrindo crime, corrupção e política local” encontraram “consequências brutais”.