Da Agencia Estado O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse hoje que espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregue o País em situação melhor do que a que ele deixou ao final de seu governo.

A despeito das críticas que têm feito ao governo federal, FHC reconheceu a “sagacidade” do presidente Lula ao lidar com pressões nem sempre positivas, e elogiou o fato de que o governo manteve o tripé da política econômica de sua gestão - câmbio flutuante, sistemas de metas de inflação e rigor na gestão das contas públicas, a ponto de gerar superávit primário.

Ao falar dessas ações do governo petista, o ex-presidente deixou escapar nas entrelinhas que seu partido sonha em reconquistar o Palácio do Planalto nas eleições de 2010.

Ao elogiar o governo Lula por ter “beijado a cruz, em um ato de penitência”, quando lançou a “Carta aos Brasileiros”, nas eleições de 2002, FHC frisou: “O Brasil está melhor do que estava e vai continuar melhorando.

Assim como eu espero ter entregue ao presidente Lula um Brasil melhor do que o que recebi do presidente Itamar Franco, eu espero que a gente possa recebê-lo de volta, melhorado por ele.” Fernando Henrique fez as afirmações durante o seminário “15 anos do Plano Real: Antecedentes, Resultados e Perspectivas”, realizado hoje na Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), com o apoio da Agência Estado.

Questionado sobre se preferia o governador de São Paulo, José Serra, ou o governador de Minas, Aécio Neves, para ser o candidato nas eleições de 2010, ele respondeu: “Quem ganha é o Brasil.

Com qualquer dos dois o Brasil ganha”.

Obama FHC ressaltou também que o candidato de 2010 precisa inspirar as pessoas da mesma forma que o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama. “Quando ele falou ‘‘yes we can’’, ele despertou, transmitiu e simbolizou uma crença para a população.

Acho que é disso que o Brasil precisa.

Lula fez isso no País e com o Plano Real isso também foi possível”, declarou.

Segundo ele, é preciso que o candidato tucano apresente um caminho e inspire confiança entre a população. “Não precisa de programa muito mais complicado que isso”, opinou.