Do Congresso em Foco O Senado gastou nos últimos dez anos R$ 16,7 milhões com o ressarcimento de despesas médicas e odontológicas de senadores e ex-senadores.
Em 2008, o gasto chegou a R$ 1,6 milhão e atendeu a 44 ex-senadores, cinco dependentes de ex-representantes dos estados, além de parlamentares no exercício do mandato.
Os dados fazem parte de levantamento exclusivo do Congresso em Foco com base nas informações do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).
Apesar de terem direito à assistência médica na Câmara, dois deputados que já foram senadores ainda têm despesas ressarcidas pelo Senado. É o caso de Carlos Bezerra (PMDB-MT), senador entre 1995 e 2003, e Wellington Roberto (PR-PB), que exerceu o mandato entre 1998 e 2003.
Pelas atuais regras, o deputado de Mato Grosso não poderia ter o ressarcimento das duas Casas, o que ocorreu em 2008, quando ele recebeu o reembolso de R$ 33.680,75 do Senado e R$ 11.005,00 da Câmara.
Uma decisão da Mesa Diretora, em novembro de 2003, permitiu que ex-senadores no exercício do cargo público tivessem direito ao benefício, mas excluiu aqueles que tivessem “amparados por qualquer outro plano de saúde”. “Não recebi um centavo de ressarcimento da Câmara.
Optei pelo Senado.
Estou com a consciência tranquila”, esquiva-se Wellington Roberto, que recebeu R$ 20.862,11 do Senado no ano passado.
Por meio da assessoria, Carlos Bezerra atribuiu suas despesas a exames de rotina e a uma intervenção cirúrgica.
Seus assessores garantem que não há nenhuma ilegalidade no ressarcimento pelas duas fontes.
Informam que o deputado recorreu ao Senado para cobrir exames que não tinham cobertura da Câmara.
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