Em reunião nesta sexta-feira (20) com representantes de segmentos da sociedade civil, no auditório da prefeitura do Cabo, o prefeito Lula Cabral (PTB) anunciou cortes de gastos e ouviu sugestões sobre atuação conjunta entre governo e população para minimizar os efeitos da crise financeira.
Ele abriu os números da administração municipal, e garantiu a manutenção dos serviços essenciais, dos investimentos em programas sociais e do pagamento da folha salarial do funcionalismo, “independentemente dos efeitos que o bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pode causar ao Cabo de Santo Agostinho”. “Chamamos a sociedade civil para explicar o que está acontecendo, para que ela possa colaborar e lutar junto com a prefeitura, de forma aberta e franca, mostrando os números e a realidade do município diante dessa crise.
Tivemos um prejuízo muito grande com o bloqueio do FPM, que representa boa parte de nossa receita.
Por isso, vamos cortar gastos que não sejam com atividades essenciais e não vamos fazer nenhuma contratação que não seja para repor vagas”, disse Lula Cabral.
A iniciativa de reunir a sociedade civil para discutir a crise foi inédita no Cabo de Santo Agostinho.
Atenderam a convocação do prefeito dirigentes de sindicatos como o de Professores e Servidores Municipais, vereadores aliados e de oposição, representantes de associações comerciais e de moradores, dirigentes de partidos políticos e lideranças religiosas das igrejas católica e evangélicas.
No Cabo, o bloqueio do FPM foi de 100%, o que levou a prefeitura a entrar na Justiça Federal contra a União e o INSS, a quem o Cabo de Santo Agostinho deve cerca de R$ 6 milhões, mas vinha pagando em dia as parcelas definidas na negociação feita em seu primeiro governo, há três anos.
A dívida foi herdada de administrações anteriores.