Já o grupo de trabalho do governo do Estado vai sugerir que sejam retirados das contas dos pernambucanos R$ 57 milhões das despesas de pessoal da Celpe. “Contestamos esse custo porque a Celpe tem 1.747 empregados, enquanto a empresa de referência criada pela Aneel para calcular o aumento da distribuidora tem 4.643 funcionários”, comentou o coordenador do grupo de trabalho, João Bosco Almeida.

Ele afirmou que sendo conservador esta quantidade de pessoas pode ser terceirizada da Celpe e aí o salário é, em média, 40% mais barato do que o pago ao funcionário da distribuidora.

Outro valor que vai ser questionado pelo grupo de trabalho são os R$ 3,1 milhões de custo de manutenção da Celpe. “Em 2005, esse custo era de R$ 535 mil.

Se isso fosse corrigido pelo Índice de Preços Geral do Mercado (IGP-M) daria R$ 610 mil”, comentou Bosco. “Também vamos pedir para que seja retirado as despesas de R$ 35 milhões que a Celpe tem com o corte e religação da casa dos consumidores, porque isso já é cobrado na conta do consumidor”, argumentou Bosco.

O grupo de trabalho vai pedir à Aneel que faça o parcelamento em quatro anos dos R$ 164 milhões referentes a última parcela da revisão tarifária, que ocorreu em 2005 (ver matéria na página anterior). “Ainda na audiência, vamos pedir para que seja retirado R$ 157 milhões referente à cobrança da (energia) da Termopernambuco em 2004”, defendeu Bosco.

A retirada desses ingredientes apontados pelo secretário resultaria numa redução de 10% na conta de luz dos pernambucanos.