O Fórum Nacional da Indústria - FNI examinou os desdobramentos da crise internacional sobre a economia brasileira.

A intensidade dos impactos da crise impõe urgência no combate aos seus efeitos sobre as empresas para evitar uma retração ainda mais severa da atividade industrial. É necessário igualmente desenvolver estratégias para a retomada do crescimento.

Questões prioritárias: 1.

Crédito: as condições de crédito permanecem insatisfatórias – tanto em termos de volume como também de custo.

As medidas já anunciadas ainda não atingiram os resultados esperados.

As pequenas e médias empresas foram particularmente afetadas pela falta de liquidez.

Há espaço para uma política monetária mais ativa: a política econômica deve utilizar-se de todos os instrumentos para minimizar os impactos da retração da atividade e criar as condições para a retomada do crescimento.

No curto prazo, as reduções de juros devem ser mais intensas.

Há também espaço para o aperfeiçoamento dos instrumentos creditícios.

Neste sentido foi enfatizada a necessidade de ampliação dos limites e das condições de uso do cartão BNDES, hoje restrito ao pagamento de fornecedores e a criação de mecanismos de redução do risco do crédito. 2.

Investimentos e infraestrutura: é imprescindível que se avance com medidas de desoneração do investimento e das exportações, se priorize os gastos de investimentos em lugar de custeio e que se agilize os procedimentos necessários para ampliação da capacidade de execução orçamentária.

Essas são ações fundamentais para a recuperação da economia. 3.

Congresso: o Legislativo deve priorizar projetos que contribuam positivamente para o ambiente institucional e de negócios, a exemplo de temas como o cadastro positivo, reestruturação do sistema de defesa da concorrência, reforma tributária, licenciamento ambiental, política nacional de resíduos sólidos, terceirização, entre outros O Fórum manifesta a necessidade de maior efetividade e tempestividade das ações de combate à crise.

Além da agenda de curto prazo, enfatiza a necessidade de continuidade da agenda com foco na competitividade, na busca da melhoria do ambiente de negócios, no avanço das reformas estruturais, base para o desenvolvimento sustentável.