O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PTB), está propondo uma ação conjunta com os prefeitos de Recife, Jaboatão dos Guararapes e Ipojuca, no sentido de questionar na justiça o bloqueio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
No caso do Cabo, Jaboatão e Ipojuca, o bloqueio foi de 100%, o equivalente a R$ 1,8 milhão retidos por mês. “O bloqueio”, diz o prefeito, “constitui uma medida incompreensível, uma vez que o Cabo não está inadimplente, teve as suas dívidas para a União pactuadas e vem honrando com o pagamento delas”.
Lula Cabral diz que o Cabo tem hoje uma economia saneada, com um volume de investimento que permite à Prefeitura apresentar um elenco de realizações como há muito não se via. “Foi grande o esforço feito nos últimos quatro anos para recuperar a cidade e prepará-la para encarar, de forma competitiva, a nova fase que vive a economia pernambucana por conta dos investimentos de Suape”, disse. “Esta medida do governo federal deixa o município em uma situação muito delicada.
Ainda nem tempos como mensurar o prejuízo que o bloqueio do FPM vai nos causar.
Principalmente em serviços essenciais, como saúde, educação e segurança.
Vamos lutar e fazer o que estiver ao nosso alcance para que esses serviços não sejam comprometidos”, afirmou. “Como qualquer cidade, o Cabo necessita desses recursos do FPM para tocar obras e fazer investimentos.
Com o bloqueio, tudo fica mais difícil e imprevisível.
Mas, o que não nos falta é disposição para lutar pelos direitos dos cabenses”, acentuou o prefeito.
Lula Cabral anunciou medidas de contenção de gastos em decorrência do bloqueio, entre elas a suspensão de toda a grade de atrações nacionais do IV Festival da Juventude, que se realiza na próxima semana, no Cabo de Santo Agostinho.
A programação cultural e esportiva do Festival está mantida, assim como uma programação artística com grupos locais. “Entendemos a expectativa dos cabenses, afinal o Festival da Juventude já é um evento tradicional da cidade.
Mas, peço a compreensão de todos, pois não faria nenhum sentido investir nesses shows sem saber direito o que o corte desses recursos pode significar para a vida de cidade.
Fizemos o que estava ao nosso alcance para manter o festival como ele vinha sendo feito e como os cabenses já estavam acostumados.
Mas, temos compromisso com todo o município, com a vida das pessoas e com a preservação dos serviços essenciais à população.
Ainda estamos dimensionando o impacto que o bloqueio do FPM poderá ter nas finanças do município”, ressaltou.