Da BBC Brasil Os ministros das Finanças dos países do G20 reunidos neste sábado em uma reunião preparatória para a cúpula de chefes de Estado em abril concordaram com um aumento significativo dos recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A decisão, tomada neste sábado, em Horsham, no sul da Grã-Bretanha, tem o objetivo de permitir que a instituição atenda aos países que precisam de ajuda por causa da crise econômica global.

O ministro da Fazenda da Grã-Bretanha, Alistair Daring, que presidiu o encontro, disse que a necessidade de fundos é “urgente”.

Mas ele não mencionou uma cifra.

Brasil, Rússia, Índia e China - o grupo de países conhecido pela sigla BRIC - haviam anunciado na sexta-feira que não darão recursos extras ao FMI enquanto a instituição não for reformada para permitir maior participação dos quatro países emergentes. “Nós tomamos a posição de não fazer aportes adicionais de capitais ao Fundo Monetário Internacional enquanto não houver uma reforma de cotas e vozes”, disse na ocasião o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Mantido o status quo, a nossa representação no FMI é pequena diante do peso dos BRICs”, completou.

Os Estados Unidos querem triplicar os fundos da instituição, chegando a US$ 700 bilhões, e a União Europeia defende uma cifra de US$ 500 bilhões.

Além de Brasil, Rússia, Índia e China, o G20 é composto por Argentina, Coreia do Sul, Turquia, Austrália, Indonésia, México, África do Sul, Arábia Saudita, União Europeia, e pelas sete economias mais industrializadas do mundo: Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha.

A reunião de chefes de Estado do G20 acontece no dia 2 de abril em Londres.

O encontro terá presença dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Barack Obama.