A ideia de afastar São Paulo do controle político do País, defendida por Fernando Lyra em seu livro “Daquilo que sei - Tancredo e a transição democrática”, foi combatida neste sábado (14) pelo professor André Regis.
Futuro presidente da seção pernambucana do Instituto Teotônio Vilela (ITV) - que vem a ser o órgão de assessoria política do PSDB - Regis afirmou que “não pode haver preconceito com um político pela sua origem” e “se esse critério fosse adotado, nem FHC nem Lula seriam presidentes do Brasil”.
Na justificativa, o acadêmico diz que apesar de FHC ser carioca e Lula pernambucano, ambos construíram suas bases políticas em São Paulo.
Ainda na visão dele, os dois tiveram os governos de maior estabilidade dos últimos tempos. “Um político pode ser de outro Estado e ter aproximação com setor produtivo”, defendeu. “O governo pode ser bom ou ruim com pessoas de São Paulo ou de qualquer parte do País.
Isso demonstra até a fragilidade dos partidos, já que os coloca abaixo dos políticos.
São os partidos que devem comandar a política econômica do País e não um indivíduo isolado”, argumentou.
Em declarações a um blog nacional, o ex-ministro da Justiça Fernando Lyra afirmou que “Serra não quer se submeter ao escrutínio nacional, justamente por ser paulista” e “Aécio poderá nesse período se tornar mais nacional do que o Serra (por ser mineiro)”.
Lyra insistiu na tese de que “é preciso criar um contrapeso ao poder econômico de São Paulo”. [Para Lyra, São Paulo (José Serra) não pode deter o poder econômico e o poder político] O professor André Regis será empossado presidente do ITV nesta segunda (16), mesma data em que Lyra lançará o livro no Paço Alfândega.
O governador de Minas Gerais, presidenciável e neto de Tancredo, Aécio Neves, iria participar dos dois eventos, no entanto, mudou a agenda de última hora e irá somente para o lançamento do livro.
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