A imagem que o ex-ministro da Justiça da Nova República, Fernando Lyra, pinta do senador Ulysses Guimarães, o então Senhor Diretas, não é muito favorável.

Guimarães acabou morrendo no mar, em um acidente de helicóptero, de forma misteriosa, e seu corpo nunca foi encontrado.

No livro, Lyra acusa Ulysses de descumprir acordo assumido com os autênticos, levar sua candidatura até o fim e acabar legitimando-a a partir da reunião do diretório nacional, que ratificou sua iéia de ir ao Colégio Eleitoral, contra a opinião dos autênticos. “A estratégia que melhor nos servia - usar um militar e não um civil da oposição - mostrou-se inviável na prática (para tentar mostrar que as eleições eram cartas marcadas).

Por isso, o correto, a partir daquele momento, seria fingir que concorríamos, mas, às vésperas, renunciar á candidatura, para denunciar a opnião pública o quanto era espúrio aquele instrumento inventado pelo regime.

Ulysses, no entanto, descumpriu o acoro assumido conosco”, reclama.

Numa comparação com Tancredo Neves, seu preferido nas articulações para as eleições indiretas, Lyra não esconde seu sentimento. “Atento, inteligente, pragmático e com senso de oportunidade, como sempre foi, Ulysses Guimarães pegou carona no processo, conseguiu articular sua ‘anticandidatura’ e, de repente, nos vimos na obrigação de apoiá-lo.

A partir daí, a anticandidatura passou a ser muito diferente do que pensávamos, com um alcance mais limitado.

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No livro, ex-deputado diz que Tancredo Neves esperou Arraes como uma noiva Lyra tentou levar discussão sobre censura a Je Vous Salue, Marie para Justiça Da Polícia Federal Profissional de Fernando Lyra para a PF Republicana de Tarso e Protó Para Lyra, São Paulo (José Serra) não pode deter o poder econômico e o poder político