No seu livro de memórias, Daquilo Que Eu Vi, o ex-ministro da Justiça Fernando Lyra deixa claro sua preferência por Tancredo Neves antes mesmo da candidatura de Ulisses Guimarães ser derrotada na campanha das eleições Diretas. “Como já disse, Ulysses era a escolha natural numa possível (ainda que improvável) eleição direta para presidente da República.

Mesmo assim, eu considerava Trancredo um candidato mais viável, além de mais preparado e com melhores chances para governar, até por razões pragmáticas: seu nome era mais assimilável pelos militares ”“A mensagem que pretendia levar aos meus colegas do PMDB era bem simples: se a emenda das diretas não passasse, o meu candidato na convenção do partido seria doutor Tancredo e não doutor Ulysses”, pontua, em dado trecho.