Do Blog de Reinaldo Azevedo O subjornalismo que se escorava e se ancorava em Protógenes vivia brandindo: “Nós sabemos de tudo”.
De tudo o quê?
Esses caras não sabem nem escrever.
Não é com texto que ganham a vida.
Esse mito para trouxas ficou por aí, assombrando o mundo político.
Alguns tucanos chegaram a imaginar que Protógenes teria elementos para chantagear Lula e o PT; alguns petistas chegaram a imaginar que ele tinha uma bomba contra os tucanos.
Essa guerra fria sustentava os blogueiros do nada e sua meia-dúzia de leitores parvos.
Isso nada tem a ver com Daniel Dantas.
Esteja o banqueiro dentro ou fora da cadeia, isso não muda: a) os métodos de Protógenes; b) o fato de que Protógenes não tem nada. É só o homem que sabe de menos.
Pois é…
Mas o próprio Protórgenes não chegou a dizer num blog que era tudo mentira?
Quer dizer que ele está descontente com o vazamento de mentiras?
Parece que as máscaras estão caindo, não?
Demora às vezes.
Mas sempre acontece.
Antes da balcanização desses órgãos de investigação e segurança, quem foi fazer proselitismo por lá?
O PT.
Qual PT?
O PT de Zé Dirceu.
Quando ele era o todo-poderoso do governo, a PF foi usada, sob a governança de Márcio Thomaz Bastos, para ensaiar uma arremedo de luta de classes na linha “os ricos também choram”.
A turma tomou gosto pela coisa.
Em estados democráticos, agentes políticos não brincam com a polícia porque sabem que isso corresponde a abrir uma caixa de pandora.
Dirceu e Thomaz Bastos abriram.
E, agora, ninguém sabe como fechar.
Lembram-se de Golberty do Couto e Silva reclamando do SNI, Dirceu? “Criei um monstro”, disse ele, quando caiu vítima da rede que ele próprio havia montado.
Pois é: eu e Dirceu, de enfermarias diferentes, criticamos os desmandos de Protógenes.
Mas há uma diferença essencial: eu sempre fui crítico desses arroubos da PF.
Dirceu os estimulou quando estava no poder.
Fora dele, caiu na rede.
E agora pede a intervenção da mesma ordem contra a qual aqueles entes foram estimulados a agir.