Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o PIB (Produto Interno Bruto) de 2008 foi de R$ 2,9 trilhões, um crescimento real de 5,1% em relação à 2007.

Ano passado, a produção industrial cresceu 4,3%; os serviços, 4,8%; e a agropecuária, 5,8%.

Dentre os setores da indústria, merecem destaque a construção civil, o fornecimento de eletricidade, gás, esgoto e limpeza urbana, e o setor de extração mineral.

No setor de serviços, as atividades financeiras, de informação e de comércio foram as que mais expandiram.

O crescimento do PIB de 2008 só não foi maior devido ao forte recuo ocorrido no último trimestre do ano, que sofreu uma redução de 3,6% em relação ao terceiro trimestre.

Na comparação (4º trimestre de 2008 em relação ao 3º trimestre de 2008), os investimentos caíram 9,8%, o consumo das famílias encolheu 2%, o consumo do governo subiu 0,5%, as exportações decresceram 2,9%, e as importações encolheram 8,2%.

Pelo lado da produção, a indústria sofreu recuo de 7,4%, os serviços caíram 0,4%, e a agropecuária diminuiu 0,5%.

Os dados do IBGE indicam que a economia brasileira, que vinha em um ritmo acelerado de crescimento em 2008, sofreu forte freada no último trimestre do ano.

Espera-se também um outro recuo do PIB no primeiro trimestre de 2009, porém de intensidade menor.

A situação deve começar a se normalizar a partir do segundo trimestre.

Em 2009 devemos ter um crescimento da economia brasileira entre 1% a 2%.Diz Alcides Leite, professor de economia e de mercado financeiro da Trevisan Escola de Negócios e autor do livro “Brasil, a trajetória de um país forte”, da Trevisan Editora Universitária.