Da Agência Brasil Mais de 300 militantes da Via Campesina participam, neste momento, da Jornada das Mulheres Camponesas contra o Agronegócio, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Durante o protesto, pelo menos metade das manifestantes invadiu o andar térreo do Mapa.
Houve tumulto, o vidro da porta de entrada ficou trincado e um segurança se machucou.
Elas ainda continuam no prédio.
Munidas de faixas e cartazes, as demais manifestantes estão em frente ao prédio do Ministério da Agricultura.
De acordo com a coordenadora nacional da Via Campesina, Itelvina Masioli, o movimento organizou o protesto para denunciar a política agrícola do governo.
Segunda ela, o Mapa dá prioridade ao agronegócio em detrimento da agricultura familiar.
A Jornada das Mulheres Camponesas também ocorre em outras quatro unidades da Federação: Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná e Espírito Santo. “É a hora de mudarmos o modelo agrícola, fazendo a reforma agrária”, diz o manifesto divulgado pela Via Campesina.
O movimento também defende um novo modelo econômico, com o fortalecimento do mercado interno e o aumento do salário mínimo.
De acordo com a Via Campesina, apenas em dezembro do ano passado o agronegócio demitiu 134 mil pessoas em todo o país. “O agronegócio foi o segundo setor que mais demitiu com a crise econômica, apesar da alta lucratividade do último período e dos investimentos do governo”, assinala o manifesto divulgado pelo movimento.
O Ministério da Agricultura não se manifestou sobre o protesto da Via Campesina.