Trecho do blog do padre Edson Rodrigues, de Alagoinha Já a caminho do Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, por volta das cinco e meia da tarde, Dom José Cardoso recebeu um telefonema do Diretor do IMIP no qual ele lhe comunicava que um grupo de uma entidade chamada Curumins, de mentalidade feminista pró-aborto, acompanhada de dois técnicos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, teriam ido ao IMIP e convencido a mãe a assinar um pedido de transferência da criança para outro hospital, o que a mãe teria aceito.
Sem saber do fato, cheguei ao IMIP por volta das 18 horas, acompanhado dos Conselheiros Tutelares de Alagoinha para visitar a criança.
A Conselheira Maria José Gomes subiu ao quarto andar para ver a criança.
Identificou-se e a atendente, sabendo que a criança não estava mais na unidade, pediu que a Conselheira sentasse e aguardasse um pouco, porque naquele momento “estava havendo troca de plantão de enfermagem”.
A Conselheira sentiu um clima meio estranho, visto que todos faziam questão de manter um silêncio sigiloso no ambiente.
Ninguém ousava tecer um comentário sequer sobre a menina.
No andar térreo, fui informado do que a criança e sua mãe não estavam mais lá, pois teriam sido levadas a um outro hospital há pouco tempo acompanhadas de uma senhora chamada Vilma Guimarães.
Nenhum funcionário sabia dizer para qual hospital a criança teria sido levada.
Tentamos entrar em contato com a Sra.
Vilma Guimarães, visto que nos lembramos que em uma de nossas primeiras visitas ao hospital, quando do assédio de jornalistas querendo subir ao apartamento onde estava a menina, uma balconista chamada Sandra afirmou em alta voz que só seria permitida a entrada de jornalistas com a devida autorização do Sr.
Antonio Figueiras ou da Sra.
Vilma Guimarães, o que nos leva a crer que trata-se de alguém influente na casa.
Ficamos a nos perguntar o seguinte: lá no IMIP nos foi afirmado que a criança estava correndo risco de morte e que, por isso, deveria ser submetida ao procedimentos abortivos.
Como alguém correndo risco de morte pode ter alta de um hospital.
A credibilidade do IMIP não estaria em jogo se liberasse um paciente que corre risco de morte?
Como explicar isso?
Como um quadro pode mudar tão repentinamente?
O que teriam dito as militantes do Curumim à mãe para que ela mudasse de opinião?
Seria semelhante ao que foi feito com o pai?