E agora, José?
Por Pedro Francisco de Souza, leitor atento do Blog de Jamildo Como Católico praticante só tenho a lamentar a imbecíl decisão da Igreja e do Arcebispo mais Reacionário da história da Arquidiocese de Olinda e Recife.
Os pais e médicos da garota de 9 anos - que perdeu sua infância e ingenuidade por promiscuidade de um padrasto canalha e doente (e este sim, deveria ser excomungado) - será que estão se preocupando com uma infeliz decisão de um homem que nada representa para eles?
O que mais pesava naquele momento em que se discutia o aborto - previsto pela Lei dos Homens, talvez mais justa que a Lei de Deus propagada única e exclusivamente pelo Senhor Arcebispo - era salvar a vida daquela criança, de apenas 9 anos, grávida de gêmeos.
Que absurdo!
O fato em sí e a decisão do Arcebispo, em nome da Igreja.
Ele não tem postura nem atitudes de um Arcebispo mas, INFELIZMENTE, o é…
E vem falar em Lei de Deus… a Lei de Deus não fala em perda de vida em detrimento de outra, pricipalmente quando esta for por estupro e mais ainda em uma criança, sem seu corpo de menina pronto para o mais lindo momento de uma mulher - e não momento de uma criança inocente e violentada absurdamente.
Pobres coitados esses pais e essa criança… serem obrigados a passar por essa pantomima montada e, além de toda a miséria em que vivem terem de suportar a pressão de uma decisão ridícula e patética - e, aí, mais uma vez o Recife estava nas telas da TV, a nível nacional e internacional, sendo ridicularizada pela decisão de seu Arcebispo, que em vez de estar preocupado em manter os fiéis que ainda estão na Igreja e em trazer de volta os que fugiram dela por posições idiotas como esta, perde seu tempo com pequenês, mesquinês…
Bem falou o grande Jabor em sua coluna do Jornal da Globo do dia 04 de março.
Taí, senhor dono do mundo e da verdade; se o que tu querias era aparecer, apareceste, mas justa e belíssimamente ridicularizado pelo mundo inteiro, como bem o merece.
Creioaté que está na hora do Senhor arrumar as malas e deixar os Manguinhos e, quem sabe, ser até excomungado por tal decisão - e que saudades do Dom Helder…
Santo, justo, amigo, correto, de posições firmes, Homem de Verdade!
Só voltaei a frequentar uma Missa no dia em que o Dom José deixar a Arquidiocese - e espero que isto não demore a acontecer, pois não admito passar muito tempo sem ir à Igreja.
Me dói ter de pensar desta maneira e, mais, escrever o que escreví, mas é o que sinto - por pena dessa família agora aos pedaços - do fundo do meu coração de católico apostólico romano praticante.
Vá embora, José!