O Fórum dos Trabalhadores na Indústria da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) realizou ato de protesto na manhã desta quinta-feira (05), às 05h30, em frente à Lanxess, fábrica multinacional da Alemanha, antiga Petroflex, situada às margens da BR 101 sul, no município do Cabo.
A atividade fez parte das ações contra as demissões ocorridas na empresa.
De acordo com as entidades, ocorreu um fato lamentável. “A atitude intempestiva e descabida por parte de integrantes da Polícia Militar de Pernambuco que tentaram à força colocar os trabalhadores para dentro do pátio interno da Lanxess, puxando-os inclusive pelos braços.
Embora os mesmos optaram em ficar na área externa da fábrica, participando do protesto em solidariedade aos companheiros demitidos”, denunciaram.
De acordo com CUT-PE, a multinacional Lanxess demitiu 10% do seu quadro atual.
A empresa havia colocado todos os funcionários de férias coletivas e na ultima terça-feira (3), dia de retorno deles ao trabalho, a categoria foi surpreendida com as cartas de demissões.
De acordo com informações, muitos desses profissionais demitidos tinham vínculos com a empresa entre 15 e 20 anos de serviços. “Com os terceirizados, a história não foi diferente.
A empresa exigiu que eles abrissem mão de direitos trabalhistas, como, por exemplo, a multa dos 40% do FGTS, aviso prévio de férias, entre outros, com a promessa de recontratá-los no futuro”. “Causa indignação ao movimento sindical que muitas destas empresas em crise obtiveram benefícios, incentivos fiscais e lucros exorbitantes em 2008 e jamais dividiram os bônus com a classe trabalhadora”, ressaltou a coordenadora do Fórum dos Trabalhadores na Indústria, Maria Auxiliadora (Dora).
Segundo a sindicalista, o ato de protesto teve como principal objetivo mandar o recado à empresa de que o movimento sindical não está para brincadeiras, e reivindica a abertura do diálogo de reintegração dos companheiros demitidos de forma imediata. “Queremos chamar a atenção da sociedade em geral que está na hora de irmos às ruas brigar e manter o que é nosso”, enfatizou.