O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou nesta quinta-feira, 5 de março, em Brasília, que é favorável a uma prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, válida até 31 de março, e adotada pelo Governo para estimular a demanda no setor. “Não sei dizer por quanto tempo, mas acho que por mais 90 dias seria razoável”, disse Monteiro Neto, que participou hoje do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
O líder empresarial ressaltou que não é favorável a existir algum tipo de garantia de manutenção do emprego em troca da prorrogação da redução do IPI. “Não gosto desse conceito.
Acho que o que sustenta o emprego é a demanda.
Não é acordo, não é vontade, é demanda”, argumentou Monteiro Neto.
Ele acrescentou que, se houver sustentação do nível de demanda, “evidentemente, o setor não vai demitir”.
Taxa de Juros e Copom A respeito da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) a realizar-se na próxima semana, o presidente da CNI ressaltou que o Brasil está atrasado no uso da política monetária para se proteger da crise. “Há países que fizeram cortes de mais de 1,5 ponto percentual há bastante tempo, enquanto o Brasil ficou para trás, está atrasado na música”.
Armando Monteiro Neto acredita que há condições para que o Copom promova um corte maior do que um ponto percentual.